RECADO AMIGO PARA O GDF
Foi dos mais producentes o encontro promovido pela Federação Brasiliense de Futebol com integrantes da crônica esportiva do Distrito Federal na noite dessa última 3ª.feira. Como não poderia deixar de ser, um dos sérios assuntos constantes da pauta de debates foi o da grande precariedade das instalações de trabalho para os profissionais nos estádios da cidade, alguns deles com número insuficiente de cabines para as emissoras de rádio e TV e locais adequados para imprensa escrita. Alguns ,por sinal, até mesmo sem cabines fato que, convenhamos, atenta contra as exigências da Confederação Brasileira de Futebol, Lei Pelé e Estatuto do Torcedor. Uma vergonha, principalmente se considerarmos o fato de estarmos na Capital da República( que habiltou-se a sediar um grupo do Mundial de 2014) e de todos os estádios pertencerem ao Governo do Distrito Federal .
Óbvio que não se pode cobrar nada do governo que tomou posse no primeiro dia do mês em curso .Pelo menos, não imediatamente. A cidade tem mil e uma prioridades.O caos é geral! A saúde, segurança, transportes e educação, carecem de ação imediata. Isso para não destacarmos as vias esburacadas e o matagal que tomou conta da cidade nos últimos 120 dias. Mas, a médio prazo, dentro do póssível, evidentemente que o novo gorvernador e seus parceiros de trabalho terão de atentar também para os muitos problemas do esporte da cidade, sobretudo no aspecto instalações, do apoio tão necessários para melhorá-las .Vários estados vivem sérios problemas,sabemos disso. Mas sabemos também que todos( principalmente os que pretendem sediar a Copa) já trabalham bastante nesse sentido. Afinal, não se trata de construir um estádio para os jogos, apenas isso. As delegações de cada grupo necessitarão de estádios compatíveis para seus treinamentos.E não os temos. À exceção do Bezerrão (pessimamente administrado até aqui), não há mais nenhum em condições de receber qualquer delegação, jornalistas e respectivos torcedores. Nossos estádios não são estádios, mas campos de futebol, cercados .Apenas isso.
Brasilia não tem a necessidade de construir um estádio para 70 mil pessoas. É aberração! Absurdo! É esbanjar inadequadamente o dinheiro que é seu, meu, nosso! Encher os cofres de alguém! Dos “espertos”,enfim! Um estádio para 43 mil pessoas, como exige a Fifa, estará de bom tamanho.O mais é sacanagem com o dinheiro público, o erguimento, com toda certeza, de um novo elefante- branco, pós –Copa. Um estádio de quase 800 milhões, francamente, não faz sentido.Não temos necessidade dele. Com essa dinheirama, pode-se construir uma bela arena para os jogos e reparar todos os demais, tornando-os verdadeiramente estádios.
Com apoio da FBF,CBF ,ABRACE e políticos, a ABCD vai propor ao GDF à criação de uma Superintendência de Administração das Praças Esportivas. É assim que funciona nos grandes centros do futebol. E é assim que deve ser também aqui. Os estádios e ginásios não têm como ficar em poder dos administradores das satélites, repletos de problemas e sem recursos para cuidar da manutenção deles. Não faz sentido. Tem de haver mais profissionalismo. E o caminho é esse, uma superintendência (ou coordenadoria) autônoma.O mais é brincar com a verdade da caótica situação das nossas praças esportivas. É isso aí!
Jorge Martins
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