segunda-feira, novembro 29, 2010

O PASSADO CONDENOU

                                                               Jorge Martins


Jorge Martins: O PASSADO CONDENOU





Domingo, 28 de nove,bro de 2010



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.Não tenho a mínima dúvida que foi a melhor partida que assisti do Brasiliense em 2010. Mesmo em desvantagem númerica na etapa final, o time superou-se, cresceu para cima dos potiguares e foi buscar uma vitória que parecia iimpossível, quer pela condição exposta, quer pelo histórico de ter sido a equipe que menos venceu jogando fora. Uma pena que o objetivo não tenha sido alcançado. Frustração decorrente dos muitos erros cometidos durante toda a campanha.



O Jacaré pagou pelo passado. Foi condenado pelo que deixou de render em jogos que não podia ter vacilado, como a derrota para o Náutico semanas atrás. A partida contra o time pernambucano, porém, é apenas uma pequena mostra dos muitos erros que cometeu ao longo da competição. Os pontos que perdeu em casa são daqueles considerados como irrecuperáveis. Esbarrasse apenas nos papões, vá lá! Ao longo do campeonato, provaram ser os melhores. Tanto que alcançaram a classificação com sobras. Mas empatou em casa com outros tantos que absolutamente apresentavam elencos iguais ou superiores ao seu. E time que objetiva o altar dos melhores não tinha nem tem como claudicar tanto.



Mas agora não adianta chorar. A lição não foi bem feita, pecou em vários segmentos e os Deuses do Futebol bateram o martelo e o castigaram. Agora é trabalhar muito para formar um grupo competitivo e decidido a ajudá-lo a retornar à Série B no ano que vem. Tarefa complicada, mas perfeitamente possível,se considerado que o seu presidente, big boss, cacique maior, seja lá o que for, não tem medido esforços para reforçá-lo. Pode até não ter acertado em algumas contratações, mas tentou. E tentou mesmo Faça-se justiça! Tem investido sempre. O Brasiliense tem se constituído nesses dez anos no clube que mais investiu no futebol do Planalto Central. E aí arrolo outros tantos como o Vila Nova (que escapou por um triz da degola), o Atlético Goianiense e até mesmo o Goiás. Se o Rui e o Acosta estiveram distantes de mostrar o mesmo futebol que praticaram no Náutico, são contingências do futebol. Convenhamos que também foi assim com outros tantos dos quais se esperava muito mais.E não aconteceu. O Luiz Estevão, como nós, não tem bola de cristal. O que importa é que tentou, investiu e pagou em dia salários, bichos e outras vantagens para que desse certo, o que lhe dá elevado crédito no cenário do futebol nacional. Fez o que muitos não fizeram. Não deu. Paciência!



Se temos de acreditar num clube de Brasília, no seu potencial financeiro, nas suas tentativas de formar bons elencos, sem qualquer favor este é o Brasiliense. O mais é conversa fiada. No Candangão, um ou outro poderá aparecer bem. Faz parte do jogo. Acontece. Esse Candangão vai ser difícil de ser aturado. Não há a mínima motivação. Ou será que a motivação de todos estaria apenas em vencer o Jacaré, o mais bem estruturado e único decente representante do futebol da cidade? É isso aí!

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